Cirurgias Oftalmológicas no SUS: Quanto Tempo Demora? Saiba o Que Fazer para Agilizar
Se você ou alguém da sua família está na fila do SUS aguardando por uma cirurgia oftalmológica, provavelmente já se deparou com a angústia da espera. Procedimentos como catarata, glaucoma, estrabismo e outros costumam ter filas longas — mas há formas de entender melhor os prazos e, em alguns casos, tentar agilizar o atendimento.
Neste artigo, explicamos quanto tempo, em média, leva cada tipo de cirurgia ocular no SUS, os fatores que influenciam esse prazo e dicas práticas para quem está aguardando.
Tempo Médio de Espera para Cirurgias Oftalmológicas no SUS
O tempo de espera varia muito de acordo com o tipo de procedimento, a urgência do caso e a região onde o paciente está cadastrado. Veja os prazos estimados:
Procedimento | Tempo de Espera Estimado | Observações |
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Cirurgia de Catarata | 6 meses a 2 anos | Alta demanda, especialmente em estados com menos centros cirúrgicos. |
Cirurgia de Glaucoma | 3 meses a 1 ano | Casos agudos são atendidos com mais urgência. |
Vitrectomia (Retina) | 6 meses a 1,5 ano | Pode ser emergencial em caso de descolamento de retina. |
Transplante de Córnea | 1 a 3 anos | Depende da doação e compatibilidade do tecido. |
Cirurgia de Estrabismo | 6 meses a 2 anos | Crianças têm prioridade para evitar perda de visão. |
Cirurgia de Pterígio | 3 meses a 1 ano | Geralmente considerada eletiva. |
Crosslinking (Ceratocone) | 1 a 2 anos | Realizada apenas em centros específicos. |
O Que Influencia a Espera no SUS?
Diversos fatores interferem na rapidez com que o paciente será chamado:
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Região do país: Estados com mais hospitais universitários e centros de referência (como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) costumam ter prazos menores.
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Gravidade do caso: Pacientes com risco iminente de perda de visão (como descolamento de retina ou glaucoma agudo) são atendidos com prioridade. Já casos considerados eletivos, como catarata em estágio inicial, podem esperar mais.
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Disponibilidade de centros especializados: Grandes cidades tendem a oferecer mais estrutura. Já em zonas rurais ou cidades pequenas, as filas são maiores.
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Perfil do paciente: Crianças e idosos, dependendo do município, podem ter prioridade. Pessoas em risco de cegueira também entram nas primeiras colocações.
Como Tentar Agilizar a Cirurgia Oftalmológica no SUS?
Embora o SUS siga critérios de ordem cronológica e gravidade, existem algumas estratégias que podem ajudar:
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Atualize sua documentação: Certifique-se de que os exames e encaminhamentos estão dentro da validade. Pode ser necessário renovar a solicitação para permanecer na fila.
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Busque hospitais de referência: Instituições como o Hospital das Clínicas ou institutos especializados em olhos podem ter filas diferentes ou mais dinâmicas.
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Acione a ouvidoria do SUS: Em casos urgentes, um pedido formal pode ajudar a antecipar a cirurgia.
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Verifique programas estaduais: Alguns estados oferecem mutirões ou programas para cirurgias de catarata, por exemplo, com cronogramas próprios.
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Acompanhamento constante: Ficar em contato com a unidade de saúde pode garantir que você não perca chamadas ou atualizações importantes.
Rede Privada x SUS: Diferenças nos Prazos
Quem tem plano de saúde ou recorre à rede particular geralmente consegue agendar cirurgias oftalmológicas em um prazo muito mais curto. Veja alguns exemplos:
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Catarata: de 1 a 2 semanas, com plano de saúde ou pagamento particular.
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Cirurgia refrativa (miopia/astigmatismo): também pode ser agendada rapidamente, mas muitos planos não cobrem esse procedimento.
A grande diferença está no tempo de espera. Enquanto o SUS pode levar meses ou anos, a rede privada consegue realizar o procedimento em poucos dias — mas, claro, com um custo considerável para quem não tem plano.
Conclusão
A espera por cirurgias oftalmológicas no SUS pode ser longa, especialmente em procedimentos eletivos como catarata ou estrabismo. No entanto, pacientes com risco de perda de visão têm prioridade, e há formas de tentar agilizar o processo, como atualizar os exames, procurar hospitais de referência e recorrer à ouvidoria do SUS.
Se mesmo assim o atendimento demorar além do razoável — principalmente em casos graves — é possível buscar apoio jurídico para garantir o acesso ao tratamento em tempo hábil.
O Dr. Rodolfo atua na defesa dos direitos dos pacientes em todo o Brasil, com experiência em ações judiciais para garantir cirurgias, medicamentos, exames e tratamentos negados injustamente pelo SUS ou pelos planos de saúde.
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Advogado PLANO DE SAÚDE LONDRINA